"Tratem-se uns aos outros como membros de uma só família"
O Senhor nos chamou a viver a forma de vida evangélica, não solitariamente, mas numa comunidade de irmãos. Nossa vocação se realiza na fraternidade e pela fraternidade.
A fraternidade não é uma escola de perfeição: a fraternidade tem uma razão em si mesma; ser um ambiente onde os irmãos procuram estabelecer verdadeiras relações interpessoais.
A razão de ser de uma fraternidade evangélica é que os irmãos se amem uns aos outros. Assim, para uma vida em fraternidade requer-se mansidão, espírito de perdão, reconciliação continua, sinceridade total e veracidade sem quebra, espírito de penitência e de austeridade, renuncia aos próprios desejos e muitas vezes às próprias necessidades, mas que tudo às próprias opiniões para aceitar franca e cordialmente as dos outros, co-responsabilidade real e eficiente.
Não pode existir entre nós, nem grandes nem pequenos, superiores ou inferiores. Há somente irmãos iguais, tendo todos a mesma dignidade, os mesmos direitos... Esta igualdade exclui a existência de classes no interior da fraternidade e chama todos os irmãos às mesmas responsabilidades.
Tratar os irmãos, tanto os bons como os maus, com a mesma atitude, pois toda a distinção que fazemos entre simpáticos e antipáticos é condicionada pelo eu. A uns acolho a outro rejeito. Ora, ser servo é amar sem colocar a medida do bem ou do mal; é amar a partir do modo como Deus de Jesus Cristo ama.
Devemos acolher o irmão difícil como uma oportunidade para crescer no amor minoridade, para alargar nossa possibilidade de acolher.
O irmão ‘antipático’ é assim um Dom, uma graça de Deus.
A resistência ao irmão é a incapacidade de agüentar o que é diferente de mim. O diferente aparece como ameaça a meu eu. Tenho receio que o outro lance sombra sobre mim.
Ao mesmo tempo, a fraternidade na perspectiva franciscana não se limita somente ao ser humano. Estende-se também a todas as criaturas, respeitando e amando cada ser em si. Em outras palavras, deixando que cada criatura seja o que ela é afastando de nós todo o olhar meramente utilitarista e ambicioso. Neste sentido teremos a mesma atitude de Francisco de Assis, tratando cada ser como irmão e irmã. Vivendo esta fraternidade, estabeleceremos o mundo tão sonhado pelo Criador.
Autor desconhecido.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
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